5 escritores catarinenses da literatura infantil👍

Pacheco, Daniele Freitas

Panaroto, Demétrio

Patrício, Denise

Paulo, Liene Collaço

  • Buss, Alcides

Alcides Buss:

Alcides Buss começou a publicar seus poemas no final dos anos 60, dentro do movimento da poesia independente, também chamada marginal. Seu primeiro livro, de 1970, trouxe como título Círculo quadrado, numa referência irônica à realidade da época. Um ano depois venceu o I Festival Catarinense de Poesia Universitária, promovido pelo Diretório Central de Estudantes da USFC, com o livro  experimental O bolso ou a vida? Com o objetivo de alargar a difusão da poesia, criou o Varal Literário e o Movimento de Ação do Livro:  o Livro em Movimentação, através do qual uma obra era repassada de uma pessoa para outra.

Ainda estudante de Letras, em Joinville (SC), editou o jornal de cultura O Acadêmico, além de um suplemento literário nos Diários Associados de Santa Catarina. Convidado para diretor de cultura no Município, promoveu a implantação  do Museu de Arte Joinville,  a criação da Escola Municipal de Dança e, com repercussão nacional, um projeto de popularização das artes, levando a música,  a dança e a literatura para praças, escolas, igrejas e outros lugares públicos. Com  poetas e escritores, editou a revista Cordão.

Em 1980, transferindo-se para Florianópolis, iniciou na UFSC uma experiência de criação literária com estudantes universitários. Durante anos, suas oficinas promoveram o surgimento de novos escritores, abrindo espaço também para o desenvolvimento de outras artes, como o cinema. Os varais literários se intensificaram e foram alcançando, aos poucos, outras cidades e estados brasileiros.

A partir de 1991, durante dezessete anos, dirigiu a Editora da USFC, mantendo e criando importantes coleções. Entre elas, destacou-se a Ipsis Litteris, destinada a novos escritores, publicando anualmente dezenas de títulos.

Eleito em 1993 presidente da Associação Brasileira das Editoras Universitárias, empenhou-se no fortalecimento da instituição, conseguindo apoio do Ministério da Educação para criação de editoras em todas as universidades e garantindo a participação das edições universitárias nos eventos nacionais e internacionais mais importantes.

Entre 1997 e 1999, presidiu a União Brasileira de Escritores de Santa Catarina. Foi finalista do Prêmio Jabuti 2000 com o livro Cinza de Fênix e três elegias. Em 2001, uma exposição de artistas catarinenses, entre eles Rodrigo de Haro, Sílvio Pléticos, Eli Heil e Vera Sabino, com obras criadas sobre seus poemas, percorreu as principais cidades do Estado e do Sul do Brasil.

Em tempos mais recentes, Alcides Buss foi diretor de Comunicação da ABEU, criando e mantendo durante vários anos o boletim eletrônico semanal ABEUemREDE, bem como a revista Verbo, órgão de divulgação do livro universitário brasileiro. Foi ainda diretor de Difusão Editorial da mesma entidade, sendo responsável pela implantação do Catálogo Unificado das Editoras Universitárias. Atualmente, coordena o Círculo de Leitura de Florianópolis.

Ao longo dos anos tem recebido inúmeros prêmios, entre eles o da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), pelo livro infantil A poesia do ABC,  o Prêmio Manuel Bandeira,  da União Brasileira de Escritores (RJ), pelo conjunto de sua obra, e o de Mérito Cultural Cruz e Sousa, do Governo do Estado de Santa Catarina.

Seus livros mais recentes são Viver (não) é tudo – diário da perseverança, disponível em nova edição digital, Em nome da poesia, livro de prosa literária sobre a natureza da poesia e os desafios da escrita e da leitura, e A culpa está morta e outros poemas, com apresentação de Afonso Henriques Neto.

Para o editor Carlos Appel, a trajetória poética de Alcides Buss, desde Círculo quadrado, revela um poeta a olhar o mundo de viés, nos seus avessos e paradoxos. O crítico Hildeberto Barbosa Filho, por sua vez, ressalta a intensidade do lirismo, o domínio vocabular, a sobriedade das imagens e a serena melodia do ritmo.




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